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Já estou sabendo que eu sou o assunto do mundo, a manchete popular! Todos querem saber de mim, dos meus defeitos, agora minhas qualidades!? Ah, isso é melhor deixar para lá. Incrível, ninguém me pergunta nada! Simplesmente especulam! Fracos! É melhor ficar calado e continuar divido entre uma xícara de café e uma boa música. Estava olhando as letras do meu mestre, Cazuza, e achei uma perfeita pro meu momento, para minha “hora da estrela”.
“Eu não acho mais graça nenhuma nesse ruído constante
que fazem as falas das pessoas falando, cochichando e
reclamando, que eles querem mesmo é
reclamar, como uma risada na minha orelha, ou como uma abelha,
ou qualquer outra coisa pentelha,
sobre as vidas alheias, ou como elas são feias,
ou como estão cheias de tanto esconderem segredos
que todo mundo já sabe, ou se não sabe desconfia
Eu não vou mais ficar ouvindo distraído eles
falarem deles e do que eles fariam se fosse com eles
e o que eles não fazem de jeito nenhum, como se
interessasse a qualquer um.
Eles são: as pessoas, todas as pessoas, fora os mudos.
Se eles querem falar de mim, de nós, de nós dois,
falem longe da minha janela por favor, se for para
falar do meu amor.
Eu agora só escuto rádio, vitrola, gravador.
Campainha, telefone, secretária eletrônica eu não ouço
nunca mais, pelo menos por enquanto.
Quem quiser papo comigo tem que calar a boca enquanto
eu fecho o bico.
E estamos conversados.”